“Um Eléctrico Chamado Desejo”, “Gata em Telhado de Zinco Quente” e “Bruscamente no Verão Passado” são três grandes peças de teatro de Tennessee Williams, a seu tempo transformadas em três grandes filmes, cada um com o seu realizador (Elia Kazan, Richard Brooks e Joseph L. Mankiewicz, respectivamente), mas todos eles partilhando a qualidade de serem estudos particulares sobre o desespero humano.
Boletim da 115ª Sessão: “Um Elétrico Chamado Desejo”, de Elia Kazan, 1951
Marlon Brando:
Ator norte-americano, nasceu a 3 de abril de 1924, em Omaha, no Nebraska, e morreu em Los Angeles, a 1 de julho de 2004. Foi considerado pela revista Billboard em 2001 como “o maior ator do século XX”, contribuindo com um estilo muito próprio para a redefinição das regras de Interpretação e de Expressão Dramática. Ao longo da sua carreira, recebeu dois Óscares e oito nomeações.
Vivien Leigh:
Elia Kazan:
Realizador, argumentista e produtor, Elia Kazan, cujo nome real é Elias Kazanjoglou, nasceu a 7 de setembro de 1909, em Istambul, na Turquia, de pais gregos que emigraram para os EUA quando era ainda uma criança. Kazan deixou-se seduzir pelo teatro ainda jovem e chegou a atuar num teatro de vanguarda, dirigindo depois peças da Broadway de grande sucesso como, entre outras, A Streetcar Named Desire (Um Elétrico Chamado Desejo), Gata em Telhado de Zinco Quente e Morte de um Caixeiro Viajante.
Ben Gazzara:
Ben Gazzara (nascido Biagio Anthony Gazzara em Nova York, 28 de Agosto de 1930 e falecido a 3 de Fevereiro de 2012) é um actor norte-americano. Filho de imigrantes italianos, Ben cresceu em Nova York. Frequentou a consagrada Stuyvesant High School, e cedo identificou-se com a carreira de actor. Anos depois, diria que o amor à arte o salvou da marginalidade na adolescência.
Lee Remick:
Atriz norte-americana nascida em 1935. Iniciou o seu percurso artístico no prestigiado Actors Studio, estreando-se na Broadway, em 1953, na peça Be Your Age. Chegou ao cinema pelas mãos do realizador Elia Kazan, com o filme A Face in the Crowd (Um Rosto na Multidão, 1957). O sucesso deste filme levou-a a trilhar papéis de natureza dramática em The Long Hot Summer (Paixões que Escaldam, 1958) e Anatomy of a Murder (Anatomia Dum Crime, 1959), onde impressionou os críticos como alegada vítima de estupro.
Boletim da 114ª Sessão: “Anatomia de Um Crime”, de Otto Preminger, 1959
(…) O Código Hays nunca foi visto com bons olhos por diretores e roteiristas, que contestavam as limitações impostas. Ao longo de todo o período, um bom número de cineastas ousou forçar os limites das regras e, pouco a pouco, na medida em que filmes sem o selo de aprovação da MPPDA começaram a se sair bem nas bilheterias, o Código Hays foi perdendo a sua força.